Sol & Cogumelo - Transbordando pensamentos.

Fui ao cemitério Max Domini, de Marituba-PA, e, entre o sol e vários silêncios, deparei-me com uma lápide de quase oito anos - nela, o meu nome em uma tinta amarela esbranquiçada que começa a enfraquecer. A saudade do meu pai pesa como o tempo que ali repousa.

Na saudade que aperta e faz soluçar, Há um amor que o tempo não vai apagar. Se hoje dói, é porque foi real, A tristeza vem da felicidade sem igual Vivida por mim ao teu lado, Momentos de alegria até mesmo calado, O que me corroi não é isso, Só não posso dizer ser banal. E nas palavras de um filho do coração, vem o acalanto, vem compreensão. Memórias vivas em cada emoção, tecendo afeto, que perpassa ao neto. E na saudade que aperta e faz calar, Restou em mim, aquilo que se foi de ti. O amor genuino, a bondade pura, E a tristeza da felicidade nua, crua.

Sempre em épocas de chuva eu lembro de algumas baladas que me marcaram. Soen conseguiu isso através dessa maravilhosa canção https://www.youtube.com/watch?v=y84R4GmTL7Q , uma música com uma pitada progressiva emocional bem fote, marcada por guitarras muito melódicas, bateria precisa e dinâmica, e vocais intensos(demais!), cuja letra reflete sobre as cicatrizes deixadas por palavras ditas e o poder da vulnerabilidade emocional.  Recomendo aos ouvidos e corações mais sensíveis à 1º arte.

A tarde morre tão mística , O sol se vai com luz pálida , O tempo escorre cálido , E a escuridão já vem  artística .