Um homem de negócios.
- Olá, Srta! Bom dia, quase tarde! (Meu coração acelera à vista de tão grande beleza e respiro fundo. Fecho os olhos por um segundo como se estivesse noutra dimensão. Não deixo a euforia prevalecer e volto a mim). Reconhece-me de algum lugar? (Pergunto para tentar impedir que o gélido silêncio -lançado pelo olhar surpreso da elegante dama- tome conta da situação). (Curvo as sobrancelhas. Tento parecer normal). - Isso não é bom. Não costumo me confundir. (Coloco uma das mãos na algibeira do paletó de risco de giz. Apanho um papel com uma anotação. Disfarce para ganhar tempo e pensar, apenas). - Na verdade, talvez até seja bom. Meu trabalho não é pra ser reconhecido, mas admito que estou satisfeito com sua expressão 'orgulhosa' de quem esconde a verdade. Sei que realmente não aparento trabalhar no meu ramo. Demorei a notar seu elogio metafórico. Muito obrigado. (Sorrio de canto). - Há algo que precise ser feito? (Franzo as sobrancelhas, olhando-a com atenção). - E...