Ela, a taça e a música!
Ela exibia uma dança elegante, com os olhos cerrados, parecendo flutuar graciosamente entre os presentes e os móveis do ambiente. Sua atenção parecia desvinculada da proximidade ou distância dos demais ali presentes.
Possuía tez branca, discretamente perolada pelo suor; seus cabelos, de um castanho claro quase loiro, eram volumosos e levemente ondulados, talvez reflexo da avançada hora ou de uma generosidade natural.
Vestia uma saia cinza, ajustada e de comprimento modesto, confeccionada em um tecido robusto de algodão; a blusa era branca, adornada com detalhes vermelhos verticais e discretos botões. De estatura mediana, silhueta esguia e bem contornada, exibia uma beleza delicada e harmoniosa. Além de bastante sensual e convidativa para as imaginações mais criativas. Sua aparência sugeria uma dedicação a atividades físicas. Era provável que malhasse com certa eventualidade.
As orelhas, de tamanho proporcional, apresentavam um tom levemente avermelhaado, daquelas que dão vontade de morder levemente. Calçava sapatilhas baixas, sem meias. Portava uma bolsa pequena, transpassada do ombro direito à cintura, cruzando o torso sobre os tecidos, acompanhada por um fino cinto preto com detalhes prateados, que emoldurava graciosamente sua cintura. Talvez fosse canhota. Ou o mais provável: apenas imaginação para torná-la mais peculiar.
Segurava uma taça de cerveja na mão esquerda, enquanto a direita executava movimentos dançantes, como se abraçasse uma presença imaginária. Seu corpo se movia em harmonia consigo mesma, com os olhos perpetuamente fechados e a cabeça levemente erguida.
A trilha sonora era de rock leve, conferindo uma naturalidade singular aos movimentos. Ela parecia em uma jornada solitária e encantadora, dançando como uma flor ao sabor do vento, sempre de olhos fechados. Não estava interessada em ninguém.
Ela parecia alheia aos demais, completamente absorta em sua própria companhia. Não importava quem estava ao redor. Pra ela só o que importava era ela, a taça e a música.
E para mim, aquilo foi apaixonante.
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