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Mostrando postagens de 2024

The Final Cut

 Hoje escutei o álbum The Final Cut, do Pink Floyd. Praticamente um trabalho solo do Roger waters. Bastante minimalista e orquestral com arranjos de guitarras e pianos que dão uma sonoridade sombria e introspectiva, afastando a banda do psicodelismo. Em dado momento, não recordo exatamente a música, um solo de saxofone dá um enredo dramático. ALém disso, têm solos lindos de Guitarra, mas bem menos conhecidos que os clássicos de Gilmour. Um álbum controverso devido à tensão entre os dois principais membros da banda na época, mas bastante respeitado. Em tempo, tá na “moda” não gostar de pink floyd, mas eu continuo amando como sempre

Um love

Já pensou Quando a gente se encontrar O que vai acontecer? O lugar está deserto Bate um love Basta um love pra nos dois Se agora você pintar É aqui o lugar Pra nos dois(Uh Baby) Ando tão só E essa vida é bem melhor Com você Já sei o que você quer Vou te pegar onde estiver E já que você pintou É aqui o lugar Pra nós dois(Uh Baby) É depois (Ed. Motta)

Pale blue Eyes

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 Pale blue Eyes, do The Velvet Underground, embala minha quinta-feira.

Hoje estou muito "nothing else matters"

(...) Never opened myself this way  Life is ours, we live it our way  All these words I don't just say  And nothing else matters (...) (Metallica)

Notícia ruim vem à galope

Nunca ouvi um ditado tão verdadeiro e certeiro como este. Infelizmente, hoje será um dia marcado pela tragédia de viver amando demais. É nessas horas que, tendo variadas opções, escolheria não ter nascido.  Paradoxalmente é justamente este momento - o do meu nascimento - que me dá forças para continuar, neste caso. Não que eu me lembre dele, mas sim pelas pessoas envolvidas nesse tão puro acontecimento.

Gatos pretos.

Seus pelos são tão negros que, à noite, parecem desaparecer, deixando apenas o brilho hipnótico de seus olhos amarelos, duas lanternas que iluminam o ambiente. São olhos que parecem guardar segredos e também uma doçura indescritível. Tenho a sorte de mereccer a atenção de quatro espécies desses grandes e lindos olhares. Dois do Edgar e outros dois do Chico. Não menos importante, os gatos pretos são doutores em viver em seus próprios rítmos, o que me causa uma inegável adimiração. Enrolados como uma grande bola de pelo, têm a capacidade de transformar qualquer ambiente no mais confortável espaço para relaxar o corpo. É bem verdade que Chico e Edgar sempre estão a ouvir boa música, neste momento específico escutam Safely far, faixa do ESPETACULAR Behind the tea of chronicles, último e melhor disco do super músico Ed. Motta. Isso deve facilitar as coisas.

Ahh, que lugar maravilhoso.

Conheci  um lugar em Joanes, vila de Salvaterra-PA (Ilha do Marajó), extremamente lindo. Tão lindo que torna a missão de descrevê-lo um desafio enredado, embora prazeroso. O Ventania era o tipo de lugar no qual eu sentia que o tempo parava. Ele tinha um lindo mirante que chamava muita atenção pela sua altura. De lá, podia-se contemplar o rio serpenteando lindamente a vegetação ao redor e a areia da praia. A sensação era a de estar no topo do mundo e fazia com que qualquer problrma parecesse pequeno.

Na tentativa de ser liver

Na tentativa de ser  livre, deixei de me preocupar sobre quanto dinheiro ganho ou gasto; Na tentativa de ser livre, deixei de dar ou pedir satisfações; Na tentativa de ser livre, larguei o emprego; Na tentativa de ser livre, deixei a vaidade de lado e comi mais do que precisava; Na tentativa de ser livre, deixei de cortar os cabelos para sentir melhor a vida dos ventos. Na tentativa de ser livre, escutei - sem pré-julgamentos - músicas aleatórias;

Amor ao tempo

Amor ao tempo. O tempo, sábio, cura a dor mortal, Transforma mágoas em sutis cantares, No peito, em flor, brota o essencial, Amadurece os seres e seus olhares.   Relógio velho, com seu modo audaz, E dá tempo ao tempo pra construção, Que faz qualquer um ser mais perspicaz, E assim notar que vive de ilusão. Mas quando a vida ensina a caminhar, Aos poucos tudo encontra seu sentido, O amor renasce, aprende a se esperar, No tempo certo, nunca é esquecido. ------------------ Mais um texto que gostei entre meus achados. Uma tentativa de escrever um soneto de amor ao tempo.

Mas por teu legado vivo e nisso me confesso.

Com lágrimas nos olhos, a dor é sentida, Despeço-me, pai, do teu amor profundo, Professor de números, da lógica e da vida, Teu saber iluminou meu pequeno mundo. Teus cálculos precisos, tua mente tão brilhante, Ensinavam mais que fórmulas e equações, Mostravam que na vida, cada instante, É um passo em direção às grandes soluções. Teu quadro guarda memórias eternas, De um mestre que era também meu guia, Nos corredores das escolas, tuas lições modernas, Ecoarão sempre, de forma maestria. Pai, professor amado, hoje me despeço, Mas por teu legado vivo e nisso me confesso. ------ Escrito em 2017 logo após a morte do meu pai.

A pior perda

A Pior Perda. A morte de uma pessoa querida não é a pior perda. A verdadeira perda ocorre quando a solidão devora todos os sonhos que um dia ousamos ter. Mata nossos sonhos, fere o peito como uma lâmina afiada e sem piedade. Arranca lágrimas com a mesma facilidade com que se arrancam flores de um jardim. Sem compaixão. A pior dor não é a da perda pela morte, mas a da perda que nos faz perceber que nada resta a fazer além de chorar. E, quando as lágrimas já não existem mais, entregamo-nos, olhamos para o céu e esperamos a vida passar. As noites parecem intermináveis. O silêncio da casa mal acabada se torna o único companheiro nas madrugadas insones. A vontade de gritar e afirmar nossa existência é menor que a sensação de repressão causada pela perda dos sonhos, que nos arremessa a um vazio obscuro e indeterminado. O som da chuva e dos relâmpagos torna-se a única música da madrugada. Contar as gotas que caem do telhado furado torna-se o melhor passatempo. As razões para viver parecem não...

Behind the tie chronicles.

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Antes de falar desse álbum, mais especificamente de uma música que me agrada bastante, é necessário fazer uma separação clara entre autor e obra. Ed Motta é uma figura controversa, com muitas declarações polêmicas que, no fundo, escondem uma pessoa de sensibilidade incrivelmente apurada, capaz de compor belíssimas e cativantes canções. A bem da verdade, Ed. Motta nunca lançou um disco mediano. Desde os tempos de Conexão Japeri, ele se destacou com uma produção milimetricamente calculada, mesmo sendo tão jovem. Demonstrou isso no pop funk de "Manuel" e na pegada dançante de "Manual Prático...". Sua carreira é repleta de composições brilhantes, com dezenas de músicas de jazz incríveis que evoluíram até culminarem no que considero sua grande obra-prima: "Behind the Tie Chronicles", lançado no final de 2023. Este álbum é o ápice de um caldeirão de gêneros musicais que sempre foram característicos do Ed. Eu simplesmente não me canso de ouvir este álbum, especia...

Curadoria da Coragem

Tenho uma pasta no Google Drive com contos, crônicas e poesias, totalizando 378 textos escritos entre 2008 e 2024. A maioria deles não tem grande valor; são textos introspectivos que refletem muito mais meu eu daquele período – algo que, convenhamos, não é particularmente interessante – do que qualquer coisa que possa despertar o interesse. No entanto, estou fazendo uma curadoria e relendo muitos desses textos. Há até um livro inacabado, várias poesias, muitos microcontos e algumas crônicas. Esse processo tem reaberto antigas feridas, e machucar-se é inevitável. Escrevi muito durante momentos de crise, muitas vezes com um processo criativo autodestrutivo.

Coisas do Ver-o-Peso

Vir a Belém e não visitar o Ver-o-Peso é como ir a Roma e não ver o Papa, disse um vendedor de peixe ao ser entrevistado durante o Inventário Cultural, realizado pela Fundação Cultural de Belém (2000). E ele não exagerou. O Ver-o-Peso é muito importante para a cultura e história paraenses, onde é considerado um dos principais cartões-postais da capital, quiça do estado. Sua história é complexa e variou bastante ao longo do tempo. Ainda segundo a Fundação Cultural de Belém, inicialmente, a casa do Ver-o-Peso foi instituída, no século XVIII, como mesa fiscal, onde eram pagos os impostos dos gêneros trazidos para a sede das capitanias. Em 1839, a repartição do Ver-o-Peso foi extinguida e a casa foi então destinada para a Ribeira de peixe fresco. Em 1847, a casa foi demolida porque foi arrendada. Foram então construídos o Mercado de Peixe e o Mercado de Carne que passaram a integrar a paisagem das docas. Já o Mercado de Ferro, começou a ser construído em 1899, sob forte influência da Belle...

Caro.

Apagou-se, em algum lugar do mundo,  mais uma lâmpada vermelha.  Como tudo que é raro,  como tudo que é belo,  foi, para mim, muito caro. Viveu pouco, nasceu com excesso de amor,  mas teve um brilho intenso, único  e avassalaDor.

Armadura

Minha paixão por música extrema é uma chama que queima no meu coração e na minha mente, especialmente quando me perco nos mundos mais sombrios do death metal, black metal e thrash metal. Desde os primeiros acordes distorcidos e os guturais esmagadores - especialmente de mulheres - até os blast beats "endiabrados" que reverberam nas profundezas da minha alma, esse tipo de música me proporciona uma sinestesia única. Pferece-me um escape, uma forma de canalizar emoções intensas e confrontar os aspectos mais sombrios da minha miserável existência. Para mim, essa paixão tornou-se intrínseca à minha medíocre identidade. No entanto, por trás dessa fachada de brutalidade sonora e visuais ameaçadores, escondo uma pessoa de extrema sensibilidade. Dedicar-me à música extrema é, muitas vezes, uma forma de lidar com a minha profundidade emocional que contrasta com a imagem de durão que projeto aos familiares, amigos e colegas. A música extrema me serve como um esconderijo, um refúgio segu...

Eles estão loucos.

A história que vos conto agora é baseada na realidade. A conheci em recente visita a um amigo, pelo qual tenho desmedido afeto, que se encontra hospitalizado. Exatamente uma semana atrás, ele revelou depois de me fazer prometer que eu não faria o que agora faço: narrar para alguém seu atemorizador segredo. Embora eu me considere digno de fidúcia alheia, especialmente de um grande amigo, necessito vos contar esse causo, sob pena de sentir compunção eterna diante de guardar para mim tamanho episódio extranatural. Segundo o que ouvi, na época do acontecimento, ele não tinha menos que 8 e não mais que 10 anos de idade. Com ainda tão poucos aniversários comemorados, dormia numa cama de casal, de tamanho médio, mas confortável, ao lado da própria mãe. Aquela não parecia ser uma noite diferente. Tudo estava dentro da normalidade, inclusive o medo terrível que ele nutria de uma moldura emadeirada, antiga e com detalhes dourados que a tornavam cintilante, que guardava uma foto clássica de Jesus...

Lâmpada vermelha

Há muito tempo, uma lâmpada vermelha me encantou. Escrevi uma crônica para ela. Não foi trivial viver uma paixão por um ser tão ímpar, identificar uma ternura que estava tão alta, tão distante do meu alcance. Nunca a toquei, mas seu luzir, sobretudo, permaneceu eterno na minha mente. O raro me atraiu.

Quebra-cabeças

Montar um quebra-cabeças é uma experiência singular, comparável ao prazer de saborear o nosso prato favorito acompanhado de um bom vinho. Mesmo quando se conhece o desenho final, há sempre um mistério a ser desvendado, peça por peça. Cada encaixe traz consigo uma nova sensação, uma alegria indescritível que provoca sinestesias. Uma ansiedade gostosa, se é que isso seja possível. Às vezes, o desafio parece insuperável, mas a chave para mudar isto é o par resiliência/paciência. Quando uma peça não se encaixa, surge um sorriso contido, mordido, de olhar cerrado; uma determinação silenciosa de quem não vai desistir.  Em outras ocasiões, a sorte nos brinda, e tudo parece fluir com facilidade. Peças se encaixam uma após a outra como num passe de mágica. Nesses momentos, sentimos  um leve frio na barriga, uma confirmação de que estamos no caminho certo. Uma alegria sincera, tão honesta. Há uma diversidade de quebra-cabeças, desde imagens reais até paisagens ficcionais, cada um provoc...

Décimo quinto andar.

Morar em um apartamento novo é, por si só, uma experiência carregada de encantamento e descobertas. Aqui, no décimo quinto andar, é onde encontramos o melhor de dois mundos. De um lado, bares sofisticados que exalam elegância e, do outro, botecos tradicionais, com suas histórias gravadas nas paredes e em cada gole de cerveja gelada. Há, pelo menos, um armarinho que "vende tudo" na mesma quadra do prédio onde resido. Impossível não lembrar de minha mãe, dona de igual empreendimento em um bairro bem mais periférico de Belém. A ventilação no décimo quinto andar é algo que merece destaque. O vento fresco que circula pela casa não é apenas um alívio nos dias mais quentes, mas um convite constante para deixar as janelas abertas - com alguma cautela, porque de tão fortes que são as ventanias, elas podem ser o mal que corrompam as vidraças a colidirem contra as paredes. Nesse ambiente, não podia faltar uma ternura maior que é preenchida por dois animaizinhos. São eles o Chico e Edgar...

Saudades do meu pai

Sentir saudade é um misto de dor e ternura, e lembrar do meu pai é mergulhar nesse sentimento profundo. Marinheiro por profissão e professor por paixão, ele navegou tão pouco pelos mares, mas muito pelos oceanos de conhecimento. Oficial da mariinha mercante com Diploma, Professor de Matemática Nato, sem diploma. Eterno estudante, sempre curioso, sempre buscando aprender algo novo. Seus olhos brilhavam ao abrir um novo livro ou ao descobrir uma nova teoria. Era um exemplo vivo de que o aprendizado não tem fim, e sua sede por conhecimento era contagiante. Hoje me peguei pensando no quanto ele teve uma vida difícil. Não foi nada fácil. Definitivamente não foi nada fácil. Más escolhas, desestruturação familiar e pouco dinheiro foram a tônica da maior parte da vida do meu pai, infelizmente. Infelizmente eu só percebi isso alguns anos antes da sua morte, quando pude me esforçar um pouco mais para dar a ele um conforto segurança mínimos. Mais do que um texto, isto é um desabafo. Um desaba...

Uma viagem ao passado

Em uma noite como qualquer outra, um sonho me transportou por um portal espiritual inusitado, não pelos céus ou por dimensões desconhecidas, mas por um toboágua que circundava entre as estrelas e nuvens, um corredor aquático que me conduziu não a um destino geográfico, mas temporal. Ao fim dessa jornada, emergi no ano de 1987, carregando comigo a maturidade dos meus 39 anos, em um tempo que parecia familiar e ao mesmo tempo repleto de mistérios não revelados. O ano de 1987 reservava para mim uma surpresa peculiar: era o ano em que minha irmã, Mônica, deveria estar a caminho, marcando o calendário familiar com sua chegada. Porém, para minha surpresa, não havia sinal de sua existência iminente. Minha mãe não estava grávida, e o nome de Mônica nem sequer era citado por qualquer pessoa em qualquer conversa, o que me causou estranhamento, mas não suficiente para eu deixar de aproveitar aquele momento no qual estava presenciando de forma única minha própria vida do passado com a experiência ...

Amor.

Escrevo para fazer bem à alma, para expurgar o que me sufoca e me faz mal, mas também para celebrar as alegrias, as pequenas vitórias que a vida, às vezes, concede-me. No silêncio da noite, o teclado do meu notebook dança ao ritmo do meu coração - e isso nem sempre é saudável - , desenhando palavras que são o reflexo mais puro dos meus sentimentos e pensamentos. Escrever é minha terapia, meu refúgio, onde posso ser verdadeiramente eu, sem máscaras ou disfarces. E nesse exercício constante de me derramar sobre o meu teclado que serve de papel infinito, (re)descobri um amigo fiel. A escrita, essa entidade quase divina e poderosa, que jamais me julga, apenas me acolhe. Ela é a única que compreende minha constante luta por encontrar motivos para continuar.

Aqui jaz a lâmpada vermelha.

Havia uma lâmpada vermelha em uma casa de shows que se destacava das demais lâmpadas que iluminavam o ambiente de telhado rebaixado. Era uma lâmpada diferente, especial de alguma forma, e possuía algo que as outras não tinham: consciência. Era uma dádiva e uma maldição ao mesmo tempo para a lâmpada vermelha. Ela sabia que tinha um tempo de vida limitado para brilhar, ao contrário das outras lâmpadas que iluminavam a noite sem se preocupar com o suas próprias "mortes". Isso a angustiava profundamente, pois a ideia de que um dia ela se apagaria para sempre a perturbava. Mas - curiosamente - apenas as pessoas mais sensíveis que frequentavam aquele ambiente festeiro conseguiam perceber as nuances da lâmpada vermelha. Seu brilho tinha algo de mágico, algo que tocava o coração daqueles que a observavam com atenção. Para a maioria, era apenas uma lâmpada vermelha como qualquer outra. Às vezes - por momentos curtos mas aterrorizantes - a lâmpada vermelha se apagava devido a uma falta...

Xadrez - um esporte que exige empatia.

 Empatia é um conceito profundamente enraizado na compreensão e na conexão com os sentimentos e experiências de outras pessoas. Este conceito encontra eco em diversos lugares, incluindo a Bíblia, e se manifesta em muitos aspectos da vida humana, incluindo jogos estratégicos - por mais incrível que possa parecer -  como o xadrez. O versículo bíblico "Não julguem e não serão julgados. Pois, da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; a medida com que medirem será usada como medida para vocês" (Mateus 7:1-2) reflete um princípio central da empatia: a ideia de que devemos abordar os outros com a mesma compreensão e misericórdia que desejamos para nós mesmos. Este ensinamento sugere que a maneira como percebemos e reagimos aos outros é um espelho de como seremos tratados. Em um sentido mais profundo, ele nos encoraja a reconhecer a humanidade compartilhada e a evitar julgamentos precipitados, lembrando que todos têm suas próprias idiossincrasias. Suas virtudes e sua falhas....

Uma paixão proibida

     Minha jornada no enfrentamento ao álcool é marcada por uma batalha contínua, agravada por questões de saúde. Vivo em um ciclo complexo onde minha condição, que se deteriora com o consumo de álcool, paradoxalmente me impulsiona a buscar ainda mais essa substância. É uma luta interna incessante, onde a tentação do álcool se entrelaça com a necessidade de manter minha saúde.      Além disso, enfrento um dilema ainda maior: o álcool interage negativamente com a medicação que tomo e minha condição me faz ansiar por doses cada vez maiores desses medicamentos. Essa mistura perigosa - e muitas vezes fatal -  não apenas compromete minha saúde física, mas também desregula meu ciclo circadiano, perturbando gravemente meu sono e enfraquecendo meu corpo.     Eu poderia passar horas escrevendo os impactos dessa mistura, mas o  mais alarmante se manifesta nos momentos que antecedem o meu sono. Experimento uma sensação aterradora, uma linha tênue e...

Voltei (!?)

Nunca escondi minha paixão pela leitura e escrita e, muitas vezes, usei esse espaço como válvula de escape para os problemas mais distintos  pelos quais vivi. Entretanto, de uns anos para cá, embora não tenha parado de escrever por completo, parei de publicar aqui e isso se deve a muitos fatores. A última poesia escrita aqui no blog foi para meu pai, um pouco depois de seu repentino falecimento. Morreu fazendo o que amava: enquando dava aula. Era professor de Matemática e Física, vimimado por uma doença silencioso e fulminante, daquelas que não dão chances de qualquer reação. Um vácuo foi criado no meu coração e eu o preenchi de diversas formas, o que me causou uma total falta de tempo, ao mesmo tempo que são as novidades da minha vida dos últimos anos. Meti-me em uma porção incrivelmente grande de atividades que me exigiam uma dedicação bem acima da média e, por incrível que pareça, consegui (ou tenho conseguido) lidar com todas as responsabildiades as quais assumi, entre elas, um...